A primeira vez no hospital!

Olá pessoal!

Quem nos assiste no stories (instagram) acompanhou como foram nossos últimos dias (aliás, meses, pois desde o início de Abril os meninos ficaram doentes praticamente sem intervalo). Então, vou contar um pouco do que aconteceu, pois eu sei que muitas leitoras/amigas ficaram preocupadas e querem saber.

Bom, depois de dias sem dormir (Francisco estava com tosse intensa há mais ou menos 10 dias e Antônio gemia e tossia a noite toda a uns 4 dias -inverno te odeio-) sexta-feira voltei para o médico com os dois, pois não sabia mais o que fazer. Já estavam tomando antibiótico a 4 dias e só pioravam. Então, fizemos vários exames de sangue e raio x. Para resumir: Francisco estava com pneumonia (e várias inflamações, ouvido,  garganta, etc.) e Antônio com broncopneumonia. Francisco a médica decidiu internar, pois além da febre ser constante e apenas 1 medicamento fazer efeito (voltando de 4×4 horas), estava muito difícil controlar em casa. Também, os antibióticos não estavam mais fazendo efeito, estava complicado.  Antônio ela decidiu tratar em casa.

Quando se tem dois filhos existem vários desafios, ainda mais quando ambos estão doentes. Sair com um e o outro? Sorte que nós temos pessoas especiais para nos ajudar. Antônio ficou com as vovós e nós fomos para o hospital com Francisco.

Organizei tudo em casa para que eu me sentisse tranquila com Francisco deixando Antônio. Minha sorte é que eu já deixei ele outra vez na casa da minha mãe e ele é acostumado com outras pessoas além de mim. Justamente ensinei isso, pensando em momentos em que eu precisasse me ausentar. Quando se tem dois bebês pequenos precisamos pensar nessas estratégias.

Levei para o hospital os brinquedos favoritos, desenhos e tudo que pudesse trazer conforto para o Francisco.

 

No hospital existem vários desafios com uma criança de 2 anos (e 10 meses):

  • Manter uma criança ativa e saudável presa em um quarto de hospital 3 dias;
  • Manter essa criança sem perder o acesso venoso;
  • E o pior: dormir com o acesso, ou seja, dormir sem se movimentar a noite toda (missão impossível para uma criança menor de 4 anos)!

Francisco, como sempre nos surpreendendo com a sua incrível capacidade de adaptação, reagiu mil vezes melhor do que imaginávamos. Ele deixou colocar o acesso venoso,  que devido à (um azar) uma queda de luz do hospital (detalhe: apenas do hospital) a bomba que controlava o soro desligou (pois, não havia sido carregada anteriormente, erro que considerei sério) e o sangue coagulou na entrada do acesso o entupindo. No escuro (com uma lanterna) uma enfermeira (ninja) conseguiu desentupir o acesso e aplicar os remédios. Francisco ficou imóvel olhando para a mão até a enfermeira terminar. Pela manhã o acesso trancou novamente e tivemos que trocar (nisso Francisco conseguiu dormir umas 3 horas até o horário do remédio/novo acesso).Novamente ele foi forte e aceitou colocar um novo (eu tenho menos coragem que ele, sério!).

Horas depois esse acesso soltou uma parte e tivemos que abrir todo curativo e fechá-lo novamente. Saiu bastante sangue, foi um pouco assustador, mas hoje em dia (no segundo filho) me tornei uma mãe mais resistente (calejada). Quando algo é para o bem do meu filho, eu sou firme, uma leoa, meus medos ficam em último lugar. Enfim, descobri que o meu menino é muito forte, é muito guerreiro. Falávamos para ele não movimentar a mão e ele obedecia. Colaborou muito!

Também, mais um medo meu se concretizou e foi desmistificado, pois desde a primeira doença do Francisco eu sempre tive um verdadeiro pânico de imaginar ele em um hospital e a doença que eu mais temia era pneumonia. E curiosamente tudo que eu tive medo de viver aconteceu. Hoje, eu percebo que tudo isso me tornou mais forte e mais preparada. Parece que Deus ou o destino queriam que eu adquirisse todas essas experiências (que temia) para perceber que tudo ficaria bem e eu deveria levar a vida com mais tranquilidade. Também, para acabar com os meus medos, para me tornar uma mãe mais segura, uma mãe melhor! Aliás, o que “acaba” com a gente na maternidade são os nossos medos, as nossas inseguranças e as nossas culpas.

Hoje, me sinto livre dos meus pesadelos e pronta para seguir uma nova fase. Afinal, ser mãe nem sempre é fácil, é desafiador e isso só nos faz evoluir. Por isso, guardo todas as minhas experiências/lembranças (boas ou não) com amor e muito carinho,  elas não permitem que eu esqueça a mãe forte, protetora e maravilhosa que eu sou (e nunca esqueça disso: o quanto você é maravilhosa!).

Para resumir, a parte mais difícil foi dormir (principalmente pra mim que fiquei 2 dias acordada), pois ele se movimentava bastante e no primeiro dia tínhamos que cuidar o tempo todo o soro, acho que ele dormiu umas 5 horas (e está acostumado a dormir 12/13). Durante o dia ficou muito cansado e quando conseguia fazia uma soneca.  No segundo dia ele pode tirar o soro (depois de uma crise de 20 minutos de choro) e manter apenas o acesso na mão, dormiu a noite toda (e eu também). Entramos na sexta-feira e saímos no domingo, mas o tratamento continua por mais 7 dias (até segunda agora). Eeeee “bola pra frente”, felizes e agradecidos pela saúde, oportunidades e a vida maravilhosa que Deus nos deu. Lembre-se: tudo é uma questão de ângulos hehe… A maneira que você vê e absorve as situações/experiências define aos poucos a sua vida!

 

Nossos dias foram complicados, mas vencemos e estamos muito bem!

 

Resolvi postar aqui no blog esse momento de nossas vidas, para eu lembrar de todas as “pedras” que me fizeram mais fortes!

Fiquei muito tempo sem postar, pois estava difícil me organizar (com achegada do Antônio) e quando a gente para, é difícil voltar e entrar em um ritmo. Continuei apenas atualizando o insta (@sobre_maternidade). Também, muitas vezes quando acontecia alguma novidade (pequena) com a gente eu optava por postar apenas lá (no insta) por ser mais fácil ou por eu pensar que não era algo tão interessante para outras mamães (e perdi muitos registros).

A partir de agora o blog voltará à ativa, pois muitas mamães buscam ajuda, apoio e até mesmo uma luz aqui e esse tempo fora me fez ver como meu blog querido já ajudou tantas mamães e até mesmo eu diversas vezes (acreditem: pesquiso no “google” algo que não lembro mais e o site que aparece “sobrematernidade”). Ele não pode parar! Então, obrigada a todas que insistiram para que eu voltasse, vocês são minha verdadeira inspiração!

 

Para ler sobre mais posts inspiradores: clique aqui e clique aqui.

 

Beijos amigas queridas!

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