O Primeiro Mês de um Bebê e o Outro Lado da Vida!

O primeiro mês de um bebê, acredito que não apenas para mim, e sim para todas as mamães (principalmente as de primeira viagem) é um mês um pouco assustador (tensooo). São milhões de mudanças, na rotina, no sono (principalmente), na alimentação, enfim, em tudo! É como se fosse o “outro lado da vida”, sem filhos X com filhos. Por mais que nos preparamos na gestação, lendo, estudando, ouvindo outras mamães, só quando a gente chega em casa do hospital é que sentimos como as coisas realmente são.

É um mês onde sentimos todos os tipos de insegurança (e isso é para a mãe e para o pai). Sentimos medo de tocar, derrubar, machucar o bebê. Medo de dar banho, de cuidar do umbigo, de vestir, de colocar muita ou pouca roupa (acreditem, eu perguntei para a pediatra quantas roupas ele precisava vestir). Medo de amamentar, de não estar fazendo a coisa certa, enfim são muitooos medos e isso é absolutamente normal, pois nunca fizemos isso antes. Mesmo já tendo cuidado, criado “o filho dos outros”, quando é nosso, quando a responsabilidade é nossa, é beeem diferente.

Outra experiência interessante sobre o qual já havia lido vários relatos durante a gravidez sobre esse “outro lado” é o primeiro momento com o bebê, quando conhecemos nosso filho. Quando ficamos sozinhos com ele pela primeira vez. A sensação diferente e o primeiro estranhamento. Vou tentar descrever através da minha experiência:

Como meu parto foi Cesária (relatarei em breve), demorei uma hora (ô angustia!!!) na sala de recuperação para ir para o quarto conhecer o meu bebê (estava ainda assustada com a correria que foi o meu parto, com medo das reações chatas da anestesia, ansiosa para conhecer o meu Francisco, bom, um misto de sentimentos).

Quando cheguei no quarto, o meu marido estava trazendo nosso filho (ficou com ele desde que nasceu, Francisco não ficou sozinho um minuto – foi o meu maior desejo durante a gravidez). Quando me mostrou ele e o colocou deitado ao meu lado, fiquei “boba”! Admirando ele, como ele era lindo, perfeito e como ele havia saído de dentro de mim??? Daquele tamanho??? Senti exatamente aquela sensação estranha que as mães relatam. Olhava para ele e era difícil de entender tudo que estava acontecendo. Uma loucura! Em horas era uma barriga e agora um bebê!

Essa sensação foi diminuindo conforme o passar dos dias, conforme fui convivendo e conhecendo meu filho. Afinal, a relação (fora da barriga) mãe e filho vai se criando conforme ambos convivem um com o outro. Passamos 9 meses loucamente apaixonadas pela nossa barriga, quando eles nascem, conhecemos outro amor, outra paixão. É como se fosse “mais real”, pois sentimos, tocamos, é diferente.

Como o bebê precisa de um tempo para se adaptar a esse mundo, nós mamães também precisamos de um tempo para entender, se adaptar a toda essa loucura e mudança que ocorre em nossas vidas. Não somos programadas para entender em minutos o que está acontecendo.

O primeiro mês de um bebê, “esse outro lado” foi o mais marcante da minha vida. Foi o mês mais corrido, mais sofrido (sim, vamos ser sinceras, nem tudo são flores!), mais desgastante, o período que mais passei sono em toda minha vida (quando te dizem na gravidez, “aproveita pra dormir agora vizinha”, APROVEITE, é um bom conselho!). O mês que mais me apavorei e senti medo. Mas, também o inicio dos dias mais felizes da minha vida, desde então, sorrio, choro de felicidade, amo com mais força e vivo com mais intensidade. Todo sofrimento, dedicação e sacrifício valem totalmente a pena. Acredite, a recompensa é diária!

 

O Primeiro Mês de um Bebê e o primeiro mês do Francisco…

 

O Primeiro Mês de um Bebê
O Primeiro Mês de um Bebê. Os primeiros minutos do Francisco.

 

Antes de mais nada… Resolvi criar esses posts sobre todos os meses do Francisco, pois logo que ele nasceu (em meio a minha insegurança), pesquisava muito os relatos das outras mamães sobre o desenvolvimento dos seus filhos, para entender mais sobre o desenvolvimento do meu. Para mim, a experiência real foi mais interessante e mais calmante do que as dos livros ou sites específicos que eu li. Também para registar o desenvolvimento do meu filho e guardar todas essas lembranças especiais de cada fase.

-Francisco nasceu de 39 semanas, pesando 3.240 kg, com 50 cm, no dia 05 de agosto de 2014 (um dia antes do meu aniversário, olha que presente!). Nasceu as 8h15 min de parto cesárea. Chorou muito alto (para alegria e emoção da mamãe e do papai) e já nasceu com fome.

-Francisco mama muito bem, mas em 10, 20 minutos já está satisfeito (preguiçoso huhuhu). A noite não dorme mais que 3 horas seguidas, pois a mãe “louca” o acordava para mamar de hora em hora. Dica: A noite (durante o dia é diferente) só faça isso se realmente precisar, se a pediatra solicitar ou se o bebê for prematuro. Se o seu filho for saudável e está se desenvolvendo bem deixe ele dormir, mais tarde ele vai aprender a acordar a cada pouco para mamar a noite e vai ser mais difícil acostumá-lo sem mamar  na madrugada.

-Francisco é um bebê calmo, não chora muito, apenas quando está com fome, sono ou alguma dor, para fralda suja ele não chora (não o deixo muito tempo com a mesma fralda, troco com frequência).  É muito querido e ao mesmo tempo exigente, quando “bate” a fome tem que correr hehehe.

-Francisco teve icterícia (para saber mais clique aqui) descobrimos na consulta com a pediatra na primeira semana de vida (considero essa consulta muito importante). Devido as suspeitas da médica, precisou fazer exame de sangue com 7 dias (chorei por dentro) para verificar o nível de bilirrubina (estava em 12). Com sorte não precisou voltar para o hospital (a medica nos avisou que acima de 15 voltaria), pois “tomou” “banhos de sol”, todos os dias de manha e de tarde e o nível baixou consideravelmente.

-As roupas quase não servem mais, mas apesar do que dizem, estou usando bastante RN. Nessa fase o bebê suja muitaaas roupas e no meu caso ter algumas a mais está facilitando, pois é inverno, nem sempre seca (muitas vezes tive que secar as roupas na máquina, o que não gosto de fazer, pois estraga as mais delicadas).

-Francisco já passeou na casa da vovó Rosi e claro no pediatra, também já foi conhecer as meninas queridas da farmácia onde compramos suas coisinhas. Optamos por seguir algumas recomendações e esperar um período maior para sair com ele em lugares públicos, com muito movimento ou barulho.

-O umbigo era uma das coisas que mais me preocupava, “morria” de medo e para a felicidade geral da nação com 12 dias caiu, que felicidade! Tudo ficou melhor sem ele hehehe…

-Depois de algumas semanas, quase completando 1 mês, Francisco começou a chorar e torcer a cabeça para trás durante a amamentação, o que me preocupou bastante, pois eu sentia que ele estava desconfortável, sentia que alguma coisa estava diferente. Então, levamos ao pediatra e descobrimos que ele tem refluxo (gastresofágico) oculto (mais informações clique aqui).

-Francisco teve cólicas leves a moderadas que incomodavam mais a noite ou no final do dia. Teve apenas uma crise forte, chorou das 23:00 até as 3:00 da manha, foi terrível, não sabíamos o que fazer, como fazer. Buscamos informações nos livros, na internet e a única coisa que funcionou e acalmou foi ficar abraçadinho com ele, encostando o rostinho dele no meu, até passar, até ele dormir.

-Estou cuidando muito a minha alimentação, pois dependendo do que eu como causa cólicas no Francisco, então introduzo um alimento diferente por dia para saber o que lhe causa cólicas e o que não causa. No momento os piores inimigos dele são: leite e derivados, sucos de caixinha, chocolate, frutas mais cítricas, tomate (a primeira vez que fugi da dieta comendo cachorro quente, Francisco teve cólicas fortes e uma assadura muitooo “violenta”) e qualquer alimento muito gorduroso.

-A amamentação está sendo difícil para mim, pois sinto fortes dores, mas para o Francisco está ótima, tenho muito leite e ele muita fome, perfeito!

-Sinto vários medos bobos, várias inseguranças, ainda estou um pouco perdida, mas agora no final desse mês posso dizer que já percebo uma grande evolução em mim, do dia que o Francisco nasceu para hoje, nossa! Sou outra pessoa! Cada dia que passa ele muda e eu também.

-Minha mãe esteve comigo quase o mês todo, foi para sua casa (em outra cidade), apenas nos finais de semana e isso com certeza têm feito toda a diferença. Sinto-me muito segura com a sua presença, sem falar no carinho gostoso de mãe que recebo (huhuhu). Ela também nos ajuda com as tarefas da casa, almoço, janta e nos cuidados com o Francisco. É muito bom ter uma companhia tão especial e ter com quem dividir as tardes, as angustias. Enfim, (se existe a possibilidade) acho muito interessante ter alguém para ajudar no primeiro mês, para mim foi essencial.

-Minha sogra também esteve presente, nos ajudou durante os finais de semana e durante a semana muitas vezes. Preparou vários cardápios e algumas vezes cuidou do Francisco a noite toda sozinha (mamãe acordava apenas para dar mama), nos permitindo uma noite mais tranquila de sono, foi renovador!

-Francisco dorme em seu quarto desde o primeiro dia em casa, somos nós que nos movemos até ele (eu, meu marido, minha mãe e muitas vezes minha sogra dividimos os turnos, os cuidados). Optamos por deixa-lo em sua cama  para ele acostumar com mais facilidade a dormir sozinho.

-Já iniciei um ritual de sono em sua rotina, mais tarde relatarei tudo sobre isso.

-Francisco desde que nasceu só nos encanta, é forte, ativo, lindo, saudável, esfomeado, extremamente cheiroso, dorme pouco durante o dia e é muito curioso.

-Estou descobrindo que ser mãe de menino é muito divertido e “perigoso”, eles esperam para fazer xixi quando a gente abre a fralda hehehe… Banhos e mais banhos!

 

Resumindo: O primeiro mês foi corrido, trabalhoso, sonolento, divertido, muito feliz e apaixonante, conheci um amor diferente, mais forte que tudo. Francisco é perfeito e me sinto realizada!

 

Beijinhos!

 

4 comentários em “O Primeiro Mês de um Bebê e o Outro Lado da Vida!”

  1. Oii Ana. Achei o seu blog justamente porque estava procurando sobre o 1 mês do bebê e me identifiquei muito com o que vc escreveu, nossa foi exatamente assim comigo, todo esse estranhamento, que doidera. Fiquei mais tranquila em saber que vc tb passou por esse medos bobos, me sinto tão insegura que as vezes tenho vontade chorar. Agora que conheci seu blog vou vir sempre. Eu adoro conversar e trocar experiência. E me diz uma coisa, o seu filho vomitava muito quando teve refluxo? O meu está assim, mama e vomita, não sei se é refluxo ou o que, mas estou preocupada. Beijinhos.

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    • Oiii Luana! Seja Bem Vinda!!! O Primeiro mês e suas angustias, suas dúvidas, ahh um mês de tantas descobertas! Fique tranquila, pois esses medos que a gente sente é pela pouca experiência, o medo do novo e também por amarmos tantos nossos pequenos que sentimos muito medo de perder, são tão frágeis. Com o tempo nos sentimos mais confiantes, conhecemos melhor o nosso filho e isso passa. Fico feliz em saber que se identificou e de alguma forma lhe tranquilizei. Sobre o refluxo, o Francisco não vomitava muito, era refluxo oculto, o leite voltava até a garganta e ele se afogava (nada sério), logo após isso chorava muito de dor (de azia). O ideal seria conversar com a(o) pediatra dele para verificar o que ele tem. Levamos o Francisco em uma gastropediatra e foi ótimo, ajudou muito, recomendo. Beijosss querida! Manda noticias do seu filho!

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  2. Ser mãe é para poucas é confiar em si mesma sem contar com rede de apoio essas babozeiras todas é vc e o bebê do começo ao fim,é uma missão preparada para aquela pessoa gerar todas podem mas dar a vida para outro ser isso é pra pouquissímas corajosas e maravilhosas mães não tem preço no planeta que pague os beijos e carinhos da minha filha de 2 anos só agora entendi cada noite mal dormida cada dificuldade o amor vence e o reconhecimento dos filhos para nós é tudo o carinho a gratidão deles é o verdadeiro sustento de uma mãe

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