Planejando a Gravidez

Olá pessoal!

O post de hoje é especial para quem está planejando a gravidez! Descrevi alguns passos que considero muito importantes fazer, pensar e planejar antes de inciar as tentativas. Vamos lá!

 

1º Passo: Planejar e se acalmar!

Quando um casal decide engravidar, e está planejando a gravidez, um turbilhão de emoções e desejos surgem. Antes mesmo de descobrir o período fértil, tabelinhas, exames, as expectativas aparecem (nome do bebê, sexo, gastos, mil coisas) e isso é totalmente normal e em minha opinião é saudável e deve acontecer.

Ter um filho é uma decisão muitooo séria, é algo que mudará totalmente a vida do casal, acima de tudo é uma GRANDE responsabilidade, é para a vida toda. É um passo que merece e deve ter planejamento, expectativas, vontades e com certeza o maior benefício de poder planejar uma gravidez é isso, ter escolhas!

Com todas essas expectativas a nossa querida e famosa ansiedade acaba surgindo também e ela pode ser boa (nada mais gostoso que viver a expectativa de ter um filho), como ela pode se tornar uma grande inimiga. Então, antes de qualquer coisa é preciso manter a calma, o foco, o desejo e a PACIÊNCIA, pois às vezes demoramos mais do que imaginávamos para engravidar, alguns negativos surgem e é preciso saber lidar com essas situações ao longo desse caminho.

Mas como conter essa ansiedade? Somente quem já passou por isso sabe que não é nada fácil manter o foco quando se está absurdamente louca para ter um filho, mas aqui vão algumas dicas interessantes (e parecem bobas, mas ajudam): Não marcar mentalmente uma data para engravidar, pois se demorar mais tempo as chances de se frustrar serão menores, por exemplo: “vou engravidar em novembro porque na tal tabela diz que eu terei um menino”. É muito bom sair, se distrair (tomando já os cuidados necessários que escreverei durante o texto), fazer programas em casal, curtir o seu relacionamento como uma segunda (ou primeira) lua de mel, continuar a sua rotina normalmente. Ler sobre o assunto ou qualquer outro e ter em mente que um casal totalmente saudável pode demorar de 6 meses até 1 ano para engravidar e isso é totalmente normal.

Apenas depois desse período é necessário iniciar uma investigação se existe algum possível problema. Muito casais depois de 6 meses já fazem esses exames, mas saiba que é considerado mais difícil engravidar na primeira tentativa do que na terceira ou na quarta, por exemplo.

Isso ocorre geralmente porque a mulher precisa de um período para conhecer o seu próprio corpo, seu período fértil, o seu dia mais fértil (sim é possível saber), pois muitas mulheres tomam anticoncepcional por anos, precisam parar e descobrir as datas da tabelinha, dias em comum, conhecer o seu corpo e como ele funciona, enfim, existem vários fatores para demorar um certo período.

Essa última informação recebemos na primeira consulta que fizemos com o ginecologista de nossa confiança (ele me conhece, sabe que eu sou poço negro de ansiedade) e me ajudou muito a manter o foco e a calma.

 

2º Passo: Quando começar (Planejando a gravidez)?

Todo esse planejamento e decisões devem começar pelo menos 4 meses antes de engravidar, pois é necessário fazer algumas mudanças, atitudes e exames com certa antecedência.

 

3º Passo: Por onde começar?

Inicialmente consultar o seu ginecologista de confiança: A primeira atitude a ser tomada é marcar uma consulta com o ginecologista e expor a ele seus desejos e preocupações. Geralmente os médicos pedem todos os exames necessários, receitam vitaminas e tudo mais que você precisar nessa consulta. Eles nos ensinam também como calcular o período fértil, conhecer o nosso corpo, desvendar os mistérios da famosa tabelinha. Vou descrever a maioria dos exames e vitaminas para vocês terem uma ideia do que virá pela frente!

Lembre-se: Informe ao seu médico sobre qualquer medicamento que você e seu parceiro estão tomando (se o seu médico não pedir).

Comece a tomar Acido fólico: Se existe algo que TODOS os médicos indicam é começar a tomar o acido fólico 3 MESES ANTES DE ENGRAVIDAR (no mínimo 1 mês antes) e depois por geralmente 12 semanas – 3 meses- (eu tomei o acido fólico até 12 semanas e depois continuei tomando, mas dentro de outra vitamina que continha ferro também). A dosagem (seu médico irá receitar), geralmente são 5mg por dia.

Porque ele é tão importante?  O acido fólico é uma vitamina essencial nesse período, pois ele pode evitar muitas más formações fetais (formação do tubo neural e terminações da coluna vertebral) evitando vários problemas, como: a espinha bífida, anencefalia, lábio leporino, entre outras. Diversos estudos indicam que a ingestão do ácido fólico 3 meses antes da mulher engravidar, pode evitar 70% de partos prematuros e abortos espontâneos. Se informe sobre o assunto, pesquise e pergunte ao seu médico. Leia mais aqui, aqui, aqui e aqui.

Vacinas: O “seu” ginecologista irá pedir a sua carteira de vacina (já a leve na primeira consulta) para analisar se você está em dia com o calendário e se irá precisar realizar alguma. Eu por exemplo, precisei fazer a vacina do tétano que estava atrasada, da Hepatite A e a da gripe. Precisei esperar 1 mês após realizar essas vacinas para então iniciar as tentativas (como havia me planejado e já estava tomando acido fólico a 2 meses foi tranquilo esperar esse período).

 

Exames indicados:

 

Físicos:

Verificação da pressão arterial (que será realizado em todas as consultas no pré-natal), peso atual, exames clínicos gerais (para detectar possíveis problemas cardíacos, genéticos, histórico familiar, etc). Ginecológicos, como: Papanicolau (se você não o fez recentemente), pois você só irá repetir 6 meses depois que o seu bebê nascer ou exames específicos como para detectar a bactéria clamídia que pode ser prejudicial a gravidez e geralmente um ultrassom do seu útero e ovários.

 De urina:

Para identificar qualquer possível infecção urinaria, pois sua presença na gravidez pode causar abortos espontâneos e outras complicações.

 De sangue:

  • Tipagem sanguínea e fator RH: O médico precisa avaliar e tomar alguns cuidados se a mãe  por exemplo, tiver fator RH negativo, leia mais aqui.
  • Hemograma completo: para verificar anemia ou indícios de infecção bacteriana ou viral. Glicemia de jejum: para diagnosticar diabetes e se prepare, pois durante a gravidez tem um exame chatinho (hemoglobina glicada, curva glicêmica ou teste oral de tolerância a glicose) que se o seu médico não pedir exija, é super importante para identificar qualquer problema relacionado ao diabetes gestacional (leia mais aqui).
  • Sífilis
  • HIV I e II
  • Hepatite (A, B e C)
  • Rubéola: Para saber se você é imune, já fez a vacina e se não provavelmente fará, pois necessita cuidados.
  • Toxoplasmose: Um exame (e um cuidado) que merece muita atenção durante a gravidez. O médico inicialmente precisará descobrir se se a mulher é imune, se já teve contato com a doença ou não, pois a toxoplasmose pode causar diversas má formações no feto, defeitos congênitos, incluindo cegueira e lesões cerebrais, muitas desconhecidas até o nascimento. Se a mulher ela não for imune (como eu) deverá tomar muitos cuidados com a ingestão de alimentos crus (legumes e carnes), contato com as fezes de animais domésticos (principalmente aqueles que vivem soltos, mantendo contato com ratos e outros animais), por exemplo: Nós temos 2 gatos criados apenas dentro do apartamento, nunca, desde que nasceram tiveram contato com outros animais ou “mundo” externo. Era muito difícil que eles tivessem o parasita, mas fizemos exames nos dois para ficar mais tranquilos e mesmo assim eu nunca desde que engravidei limpei a caixa de areia deles (sempre o papai). Cuidei muito com a alimentação: Nunca comia legumes e verduras crus fora de casa e em casa deixava eles imersos por 10 minutos (ou 5 minutos para frutas delicadas como morango) na água com água sanitária -“Qboa”- (para cada litro de água, uma colher de sopa de água sanitária). Só comia carnes bem passadas (ou seja, peixe cru e aquelaaa picanha super mal passada nem pensar).
  • Citomegalovírus: Também, um exame extremamente importante, pois não causa grandes problemas para uma pessoa adulta, mas no caso do contágio na gravidez ela pode provocar parto prematuro ou causar ao bebê problemas como calcificações cerebrais, perda auditiva, retardo mental e motor ou até morte fetal. É muito importante saber se você já é imune a essa doença e se não for tomar alguns cuidados. Eu era imune (ufaa!), já havia tido contato e nem sabia (o médico me disse que provavelmente foi uma das minhas dores de garganta e eu nem imaginei que seria isso), é muito fácil contrair.
  • Avaliação da tireoide: A função tireoidiana é necessária para a fertilidade, é importante para a capacidade de conceber e manter uma gravidez. Uma avaliação completa é essencial, e deve ser feita em qualquer mulher que queira engravidar, principalmente se ela vem tentando sem sucesso por mais de seis meses, teve dois ou mais abortos, tem um ciclo menstrual irregular ou histórico familiar de problemas de tireoide. Eu por exemplo, tenho histórico familiar, mas por sorte meu exame veio normal, repeti mais uma vez durante a gravidez. Lembre-se de pedir esse exame se o seu médico não lhe receitar.
  • Alguns médicos também pedem exame de fezes, no meu caso isso não ocorreu, não fiz nenhum antes e durante a gravidez.

 

Lembrando que: Todos esses exames serão repetidos, junto com outros durante a gravidez e o HOMEM também deverá realizar alguns exames, conversem com o médico sobre isso.

Existem outros exames mais específicos que o seu médico só irá pedir se sentir necessidade. Por exemplo: Nós já havíamos passado por um aborto espontâneo, então, realizamos uma avaliação detalhada do meu útero, exames de cariótipo do casal e também uma avaliação feita por uma especialista da área. Tudo para nos sentirmos seguros e preparados, pois depois de uma perda é preciso ter muito foco e entender a situação, que tudo isso é algo natural e pode acontecer com um casal totalmente saudável, sem motivo algum. Existem outros exames hormonais, mas apenas o seu médico poderá saber e receitar o que é necessário para o seu caso.

 

Dicas Rápidas:

  • Mude os seus maus hábitos: Antes de engravidar alguns hábitos precisarão ser abandonados como o tabagismo, cigarro e a ingestão de álcool, que deve ser suspensa no momento que que o casal iniciar as tentativas já.
  • Mantenha uma dieta adequada: Antes e durante a gravidez a alimentação da mulher deve conter todos os nutrientes necessários para a formação do bebê (que ocorre principiante nos 3 primeiros meses) e muitos alimentos devem ser evitados, então, consulte uma nutricionista ou questione o seu ginecologista sobre isso se ele não lhe informar.
  • Diminua a quantidade de café que você toma: Alguns estudos dizem que o excesso de cafeína pode influenciar de alguma forma a fertilidade e o café nos primeiros meses também pode prejudicar o desenvolvimento do bebê, pois contem muita cafeína. Comece antes de engravidar e vá diminuindo aos poucos a qualidade que você toma. Lembrando que a cafeína também está presente nos refrigerantes e no chimarrão.
  • Vá ao dentista:  Essa é uma dica muito importante, pois é comprovado através de estudos (e de fatos do dia a dia) que durante a gravidez com as mudanças hormonais a mulher pode ficar mais suscetível a doenças, infecções na gengiva, nos dentes, na boca e isso pode afetar diretamente a gravidez, causando partos prematuros e outros problemas. Então, se faz tempo que você não visita o seu/sua dentista agora é a hora certa! Não esqueça de informar que você pretende engravidar (ou que está grávida), assim, o profissional poderá lhe orientar forma correta (leia mais sobre isso aqui).
  • Emagreça se necessário: Tente se aproximar do seu peso ideal antes de engravidar, pois mulheres muito magras ou em excesso de peso podem ter mais dificuldade para engravidar, esse é um fator que também pode interferir (por uma questão hormonal) na fertilidade da mulher.
  • Comece a fazer exercícios: Praticar algum exercício na gravidez é ótimo, sempre tomando os cuidados necessários e é interessante começar antes mesmo de engravidar. Existem vários programas interessantes para gestantes como Yoga, Pilates, caminhadas, etc. Se possível procure um profissional especializado para lhe ajudar.
  • De atenção a sua saúde mental: Tao importante quanto o corpo, antes de engravidar é preciso estar em equilíbrio com a mente, pois além de todas as mudanças hormonais que a gravidez traz, fisicamente ocorrem muitas mudanças estéticas, o relacionamento do casal,  as questões sexuais mudam em alguns aspectos e todos esses fatores podem contribuir para uma depressão na gravidez e também no pós-parto, algo super comum, mais do que imaginamos. Se a mulher estiver em equilíbrio e consciente dessas mudanças, será muito mais fácil aceitar o que virá pela frente.
  • A depressão também tende a causar mais dificuldades para engravidar e se você já toma alguma medicação ou antidepressivo, durante a gravidez o médico provavelmente mudará sua medicação para algo permitido ou fitoterápico e na maioria das vezes os efeitos serão menores e diferentes. Converse com o seu médico, procure uma psicóloga, conte a ela os seus medos, suas ansiedades, suas dificuldades, esse é o momento ideal para buscar apoio e ajuda.
  • No inicio do Post citei que a ansiedade se em excesso (pois lembrando que é um sentimento natural do ser humano) pode prejudicar e adiar o sonho de engravidar, mais do que qualquer problema hormonal muitas vezes.
  • Planeje: Sim, vou falar novamente, pois decidir ter um filho é algo muito sério, então, é preciso planejar muitas coisas como a situação financeira, o espaço físico, o seu corpo e o seu emocional. Lembrando que essa decisão deve ser tomada pelo casal, não apenas por um membro (só a mãe ou só o pai), pois depois que o bebê nascer ambos precisam estar muito envolvidos e presentes, seguros e certos de que querem mudar seus dias, sua vida, sua rotina. Isso é extremamente sério e importante para a criação de uma criança. Filhos não foram feitos para “salvar” um relacionamento, não foram feitos para serem criados em um ambiente hostil, no meio de brigas, passando necessidades, foram feito para serem criados com amor, dedicação, paciência e muitoooo carinho. Ser mãe e pai não existe um manual, só aprendemos depois que o bebê nasce, na prática, mas tem certas coisas que precisam e devem ser planejadas, pensadas e muito bem avaliadas antes de engravidar. Se você tem a possibilidade de escolher, escolha!

Para saber como calcular a tabelinha, como prestar atenção nos sinais que o seu corpo da quando você está no seu período fértil ou no seu super dia fértil (ele existe) e sobre como eu fiz (e funcionou, pois engravidei na primeira tentativa hehe…) clique aqui (para assistir).

 

Agora, depois de todos esses cuidados inicia-se à parte prática, as tentativas (huhuhu…).

Relaxe e respire fundo, pois essa com certeza é uma fase muito gostosa de expectativas, ansiedades boas e emoções, curta todo esse planejamento, curta muito a vida a dois e os programas de casal, garanto que depois que o seu bebê nascer você recordará dessa fase com muito carinho e saudade até.

 

Boa sorte, mantenha a CALMA e confie em DEUS, pois tudo acontece na hora certa. Fique tranquila e “mãos à obra”!

 

Beijinhos!

9 comentários em “Planejando a Gravidez”

  1. Muito interessante seu post, eu ainda não tenho filhos, às vezes já quero, às vezes quero esperar um pouco mais. Por isso ainda estou na fase do planejamento, só depois para tomar mesmo uma decisão. Parabéns!

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  2. Gostei muito desse post. A questão do sangue do Rh muito esclarecedora. Eu e meu marido somos Tentantes e temos o Rh diferente. Beijos. Já estamos tentando a cinco meseS e parece que quanto mais o tempo passa mais ansiosa estou ficando. Beijos

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